No Sea Forest Waterways, a canoísta de Esposende concluiu a prova em 1.55,814 minutos, a 4,598 segundos da vencedora, a neozelandesa Lisa Carrington, enquanto a húngara Tamara Csipes e a dinamarquesa Emma Aastrand Jorgensen conquistaram as medalhas de prata e bronze, respetivamente.

Este foi o melhor resultado olímpico de sempre de Teresa Portela em K1 500 metros, depois do 11.º lugar no Rio2016 e em Londres2012, somando ainda um 14.º em Pequim2008, na sua estreia nos Jogos.

Na semifinal, Portela tinha perdido apenas para a húngara Danuta Kozak, com cinco medalhas de ouro no seu currículo olímpico, que foi quarta classificada na final.

Entre outras, bateu a bielorrussa Volha Khudzenka, campeã do Mundo de 2017 e medalha de ouro nos II Jogos Europeus, em 2019, além de bronze em Londres2012 e Rio2016, em K4 500 metros.

“Preparei os 200 e 500 metros, para ter oportunidade para competir mais do que uma vez, como nos outros Jogos. Poder estar presente nesta final tão competitiva, na qual não esperava por estar tão competitiva, foi maravilhoso ter estado entre as melhores do mundo e um privilégio ter sido sétima”, afirmou a canoísta natural de Esposende.

“Fazer duas semifinais e finais tão próximas, com vento contra, ainda por cima na pista sete, foi duro e houve desgaste. Acho que só posso estar contente com o sétimo lugar nos 500, apesar de achar que podia ter saído daqui também com um sexto nos 200, isso era genial. Mas, nos meus quartos Jogos, só posso estar satisfeita e orgulhosa por estar entre as melhores, sobretudo pelo reconhecimento que tive. Estou muito feliz por isso”, salientou.

A portuguesa, de 33 anos, especializou-se em K1 200 metros para Tóquio2020, distância na qual foi relegada para a final B, que venceu, concluindo a competição na 10.ª posição, dois lugares abaixo do seu melhor resultado na distância, o oitavo posto em Londres2012.

“Claro que preparei os 200, nos quais estive muito bem, nas semifinais tive o sexto tempo e saí daqui com um 10.º, mesmo assim entre as melhores do mundo. Apesar de não ter preparado os 500, os 200 deram-me velocidade na parte inicial e depois foi tentar gerir o esforço para chegar ao fim na melhor posição possível”, avaliou.

Os planos de Teresa Portela passam agora por descansar, porque “foram anos de muito esforço”, necessitando de “sentir vontade de continuar”, sem, no entanto, excluir a integração no projeto olímpico para Paris2024, em outra embarcação.

“Paris2024 tem vantagem de ser perto, mas ainda não penso em Paris2024. Provavelmente, não vou competir mais em K1, porque tem sido muito desgastante, apesar de ter sempre desfrutado. É muito duro estar sempre ao mais alto nível, se conseguir ter uma equipa em K2 ou K4 talvez possa ir a Paris2024”, concluiu.

Teresa Portela concluiu a sua quarta presença olímpica com o sétimo lugar em K1 500 metros, distância em que já tinha sido 11.ª no Rio2016 e em Londres2012 e 14.ª em Pequim2008. Na capital britânica disputou ainda as provas de K1 200 e K4 500, tendo sido oitava e 11.ª, respetivamente.