Numa intervenção perante a Comissão de Comércio Internacional do Parlamento Europeu, Dombrovskis insistiu em “não esquecer o que torna a Europa atrativa para fazer negócios” que, segundo defendeu, é “a abertura, o bem-estar dos cidadãos e trabalhadores, um ambiente aberto aos negócios, a inovação, concorrência leal e mercado único”.

“Recebemos a nossa força competitiva e política por sermos uma superpotência comercial. Podemos alcançar força económica e eficiência através do comércio. Por outro lado, fechar-nos para o mundo resultaria em perda de competitividade, minando os nossos esforços para combater a mudança climática (…) e diminuiria a resiliência da nossa economia”, sublinhou o vice-presidente da Comissão Europeia responsável pelo comércio.

Por isso, salientou, em resposta à lei da redução da inflação dos Estados Unidos e às “crescentes tendências protecionistas”, a UE deve “continuar o seu diálogo com os EUA” e propor as suas próprias medidas “de forma inteligente, não se limitando a copiar o que os EUA estão a fazer”.

“Seguir o caminho das ajudas discriminatórias, incluindo créditos fiscais, é problemático, especialmente quando enfrentamos tantos desafios comuns. Temos de ter em mente o risco de maior fragmentação económica se nós e outros países corrermos para replicar essas políticas”, disse Dombrovskis.

“Um mundo mais protecionista é aquele em que nós, como grande potência comercial, perdemos”, insistiu.

Por isso, apelou a uma política de ajudas que possa “incentivar o desenvolvimento de tecnologias ecológicas e amigas do clima”, mas não à custa de mercados funcionais e da livre concorrência, mas “cooperando com os EUA para construir um mercado transatlântico aberto”.

A Comissão Europeia vê os subsídios dos EUA à sua indústria para promover novas tecnologias verdes como problemáticos e apresentará a sua estratégia de resposta em 01 de fevereiro, disse Dombrovskis, acrescentando que trabalhará com os pontos fortes que a UE já possui e adaptará o sistema atual “para permanecer competitiva num mundo em mudança”.

Em todo o caso, a cooperação com os EUA “exige que ambos tenhamos as mesmas regras do jogo” e Bruxelas, embora convencida de que os fabricantes europeus de veículos limpos poderão beneficiar dos créditos da nova norma americana, continua preocupada com outras subsídios a veículos limpos ou relacionados com matérias-primas.

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