Na conferência de imprensa de apresentação do Relatório do Conselho de Administração de 2021, Mário Centeno lamentou a “inexistência de um conjunto de medidas estabelecidas a nível europeu” e pediu cautela na comunicação do fenómeno da inflação devido aos efeitos nos agentes económicos.

É preciso saber “comunicar às famílias e empresas os resultados do surto inflacionista e o que está a ser feito para conter. […] Esta crise requer mais parcimónia nas palavras e coordenação na ação”, disse.

Segundo o governador do BdP, os inquéritos às famílias demonstram que essas têm, em generalidade, expectativas de inflação mais elevadas a médio prazo do que antecipam os indicadores de mercado da inflação.

Mário Centeno apelou a que “possa existir coordenação de política mais clara a nível europeu que transmita a famílias e empresas uma perspetiva de médio prazo mais compatível entre si”.

Para o antigo ministro das Finanças, os últimos números da inflação em Portugal foram “uma surpresa” em abril a inflação de 7,2%, ao aproximarem-se dos níveis da zona euro (7,5% em abril), e corroboraram os riscos, adiantando que o Banco de Portugal levará isso em conta nas suas previsões de junho.

O governador disse que na evolução económica serão fundamentais fatores como a duração da guerra na Ucrânia e a reabertura da economia da China.

Para Centeno, atualmente estamos numa fase em que a “coordenação da política económica e monetária não é tão simples e de sucesso como em 2020”, até porque fenómenos de inflação originários em choques de oferta são estranhos às capacidades dos bancos centrais de os gerirem.

Porque o seu tempo é precioso.

Subscreva a newsletter do SAPO 24.

Porque as notícias não escolhem hora.

Ative as notificações do SAPO 24.

Saiba sempre do que se fala.

Siga o SAPO 24 nas redes sociais. Use a #SAPO24 nas suas publicações.