Em declarações aos jornalistas depois da sua intervenção de encerramento das jornadas parlamentares, que terminaram hoje em Setúbal, André Ventura referiu que, em relação à discussão sobre taxar os lucros extraordinários das empresas, o Chega é “estruturalmente contra quaisquer novos impostos em Portugal”, mas admitiu que setor energético “está com lucros extraordinariamente perversos face à circunstância” atual.

“Ora, tínhamos aqui duas hipóteses: a hipótese que o PS e a esquerda querem, que é taxar estes lucros, mas depois não sabemos como é que vão ser canalizados. Nós queríamos uma contribuição direta, ou seja, estas empresas, se tiverem lucros extraordinários face aos anos anteriores, são obrigadas a diminuir a fatura nessa mesma proporção”, explicitou.

O líder do Chega comprometeu-se a entregar no parlamento uma proposta “tecnicamente bem feita e estudada face à proposta alemã”.

“Portanto, há uma contribuição direta dos que aumentaram [os lucros] para aquilo que vão ter que diminuir na fatura e assim temos a garantia de que o Estado não vai usar o nosso dinheiro para fins que não são estes”, justificou.

Segundo André Ventura, com esta solução, as próprias empresas energéticas ficam obrigadas a fazer essa baixa na fatura e quem vai beneficiar são os consumidores.

“Se o dinheiro for parar às mãos do Governo, não sei se vai gastá-lo na nossa fatura da luz ou a pagar assessores ao Ministério das Finanças, argumentou.

O texto que o Chega entregará no parlamento será “o mais completo possível para evitar discricionariedade da parte do governo” no momento da sua regulação, prometeu o líder do partido, explicando que as empresas do setor energético, mal este normativo entrasse em vigor, ficariam “obrigadas a fazer esta baixa de preços se tiverem um aumento de lucros face ao que tiveram o ano passado”.

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