O défice acumulado conjunto das balanças corrente e de capital situou-se em 1.181 milhões de euros em fevereiro, mais do dobro do saldo negativo de 498 milhões de euros registado em igual período de 2018, informou hoje o banco central na nota de informação estatística sobre a evolução da balança de pagamentos em fevereiro.

“Para esta evolução contribuíram as balanças de bens, de serviços e de rendimento secundário, que foram parcialmente compensadas pelas balanças de rendimento primário e de capital”, explica o supervisor.

De salientar que a balança corrente mede as receitas e pagamentos ao exterior pela troca de mercadorias, serviços, rendimentos e transferências. Ou seja, junta os saldos de três outras balanças: a balança de bens e serviços, que inclui o turismo, a balança de rendimentos, onde se incluem salários, lucros e juros, e a balança de transferências correntes, como remessas de migrantes.

De acordo com o BdP, face a fevereiro de 2018, o défice da balança de bens aumentou 842 milhões de euros e o excedente da balança de serviços desceu 82 milhões de euros, “devido às rubricas de transportes e dos outros serviços, exceto viagens e turismo”.

O supervisor explica que, nos dois primeiros meses do ano, as exportações de bens e serviços aumentaram 4,5% (4,4% nos bens e 4,9% nos serviços), ficando abaixo do aumento de 11,2% das importações (11,1% nos bens e 11,6% nos serviços).

Quanto ao défice da balança de rendimento primário, registou uma queda homóloga de 279 milhões de euros para 264 milhões de euros que “resultou, essencialmente, da diminuição dos juros pagos a entidades não residentes”.

A balança de pagamentos é constituída pela balança corrente, balança de capital e balança financeira.

Até fevereiro de 2019, o saldo da balança financeira registou uma redução dos ativos líquidos de Portugal face ao exterior no valor de 1.082 milhões de euros, “essencialmente devido ao aumento de passivos, através do investimento de não residentes em títulos de dívida pública portuguesa, e no capital de sociedades não financeiras”, explica o banco central na nota hoje divulgada.

No entanto, esta evolução foi parcialmente compensada por um aumento de ativos, com o investimento dos bancos portugueses em títulos de dívida emitidos por não residentes e pela redução de passivos do Banco de Portugal junto do Eurosistema.

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