“Considerando que 2022 registou um valor recorde neste indicador, percebe-se que, tendo em conta o contexto económico, a quebra é bem menor do que se poderia antever, mostrando uma vez mais a resiliência do setor”, afirma a empresa em comunicado.
Segundo refere, os números do segundo semestre “provam já uma inversão da tendência verificada no primeiro semestre, ao registar uma subida de 1%”.
“A incerteza do mercado fez com que entrássemos em 2023 (primeiro trimestre) com uma natural descida da faturação total – a maior descida ocorrida durante todo o ano (-7% face ao período homólogo). No entanto, esta quebra foi recuperada logo no segundo trimestre (+9%)”, explica o presidente executivo (CEO) da ERA Portugal, citado no comunicado.
De acordo com Rui Torgal, o terceiro trimestre de 2023, “devido às constantes subidas da Euribor, ao aumento do custo de vida, escassez de oferta e rebentar de uma nova guerra mundial acabou por registar um decréscimo pouco significativo (-2%) e, no quarto trimestre, a quebra é mesmo nula (-0%), refletindo uma maior estabilidade e confiança no mercado”.
Em 2023, o número de negócios efetuados pela ERA Portugal e o respetivo valor diminuíram 8% relativamente ao ano anterior, passando de 11.863 em 2022 para 10.908 em 2023 e de 1.770 milhões de euros para 1.620 milhões, respetivamente.
O Porto foi o distrito com mais negócios reportados (20%), seguido de Lisboa (18%) e de Setúbal (10%).
Apesar da quebra, a ERA Portugal destaca que “o segundo semestre do ano fica marcado por uma melhoria de ambos os indicadores, sobretudo o valor das transações, que verificou um aumento de 2,8% face ao primeiro semestre”.
No ano passado, o preço médio dos imóveis vendidos pela ERA continuou a aumentar, mas desacelerou, tendo registado um crescimento de 1%, para 172.437 euros, face a 170.375 euros em 2022.
A imobiliária dá ainda conta de uma maior rapidez na venda das casas, com o tempo médio a recuar 11% para os 226 dias em 2023.
Em 2023, a ERA diz ter atingido um crescimento de 11% nas angariações em relação a 2022, o que, “num mercado de oferta tão limitada”, considera atestar “uma maior penetração” da imobiliária no mercado nacional.
Da análise da atividade da empresa no ano passado resulta ainda que se registou uma menor quebra homóloga em novos clientes compradores do que vendedores, com os primeiros a diminuírem 6% e os segundos 9%.
Em linha com o histórico mais recente, os principais clientes da ERA em 2023 continuaram a ser os portugueses, seguindo-se as nacionalidades brasileira, britânica e francesa.
O CEO da ERA Portugal refere que 2023 foi “um ano essencialmente marcado pelo impacto da inflação e pelo contínuo aumento das taxas de juro”, o que “levou alguns clientes a adiarem a decisão de compra de casa devido à maior dificuldade no acesso ao crédito à habitação”.
“Sentimos também, em linha com o mercado, uma diminuição no número de transações e um abrandamento no aumento dos preços. Mas, apesar de antecipar alguma prudência em 2024, sobretudo no primeiro semestre, julgo que os últimos seis meses do ano, com a redução das taxas Euribor, poderão trazer um dinamismo à operação semelhante ao de um passado recente”, conclui Rui Torgal.
A ERA (Eletronic Realty Associates) integra um operador mundial de ‘franchising’ imobiliário atualmente presente em mais de 36 países. Presente desde 1998 em Portugal, a ERA conta com mais de 200 agências no país em modelo de ‘franchising’ e cerca de 2.500 colaboradores.
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