"Nós mantemos as metas, os números que temos registado em 2019 são compatíveis com essas metas, reforçam também a mensagem de convergência com a média da área do euro e da União Europeia, mas sempre com a cautela que colocámos desde o início da legislatura na preparação da política económica e orçamental. Estou confiante que as metas deste ano vão ser cumpridas", disse Centeno, numa entrevista à RTP3.

O ministro falava depois de serem conhecidas as Contas Nacionais Trimestrais relativas ao período entre abril e junho, hoje divulgadas pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), que confirmaram que o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 1,8% no segundo trimestre em relação ao mesmo período de 2018 e 0,5% na comparação com o trimestre anterior.

Questionado sobre declarações da dirigente do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, que em entrevista à TVI terá questionado se "o défice real não é bem maior do que aquele que está mascarado nas contas", Centeno afirmou desconhecer a que se refere.

"Não faço a menor ideia daquilo a que Catarina Martins se refere, mas não faço mesmo. Trabalhámos muito de perto na legislatura na preparação dos grandes momentos orçamentais e entre máscaras e coisas irreais posso garantir que não é algo que exista nas contas portuguesas", respondeu o ministro.

"As contas portuguesas trouxeram a credibilidade à política económica e orçamental no exterior, mas, mais importante do que isso, trouxeram a confiança aos portugueses, aos trabalhadores e às empresas de que hoje não consumimos para pagar com impostos no futuro", disse ainda Centeno.