“Nesta fase, a empresa está a recuperar, já tem resultados positivos, estão criadas as condições para a reprivatização e, portanto, todos os operadores internacionais que queiram vir à reprivatização, são bem-vindos. É esse o aspeto fundamental. Se for a Iberia, se forem outras companhias… não [é] especificamente ser a Ibéria. Nós, nesta altura não podemos excluir ninguém”, afirmou hoje o ministro aos jornalistas, na Guarda, onde foi questionado sobre uma entrevista ao jornal espanhol Eleconomista.es sobre a TAP.

António Costa Silva admitiu, na entrevista ao jornal espanhol, vantagens numa eventual compra da TAP pelo grupo que detém a companhia aérea Iberia, por causa das ligações com Madrid e o impulso que poderiam dar ao turismo.

“A ligação com o ‘hub’ do aeroporto de Barajas [Madrid] impulsionaria tanto o turismo como a economia do país e aqui tem um papel importante não apenas a TAP mas também a Iberia”, afirmou o ministro.

Hoje, na Guarda, à margem da cerimónia de assinatura de um memorando e de apresentação do modelo para reabilitação do Hotel Turismo, referiu aos jornalistas que, na sua opinião, “quem se quer candidatar e apresentar propostas será extremamente importante”: “Porque quanto mais competitivo for o concurso, melhores resultados nós teremos”.

“O problema, muitas vezes, nestas coisas, é termos um candidato que depois face à sua situação, faz um ‘jogo’, porque sabe que está numa posição forte. E eu sou sempre favorável […] de haver pelo menos dois ou mais candidatos. Eu acho que temos que atrair, para dar competitividade ao processo, e para, depois, o país ter uma boa solução”, justificou.

Questionado pelos jornalistas sobre a solução relacionada com a Iberia, respondeu que não comenta “nenhuma solução”, defendendo que o país deve “atrair as propostas e quanto mais, melhor”.

“Eu acho que era importante a Iberia também vir a jogo, como virem outras companhias. Depois, a decisão, é outra coisa. Nesta altura temos que assegurar é o máximo de interesse pela TAP e pelo processo de reprivatização. Eu acho que isso é fulcral para termos uma boa solução”, disse.

Sobre a TAP, o ministro da Economia afirmou, na mesma entrevista ao jornal espanhol, que “é agora uma companhia saneada e que foram criadas as condições adequadas para a privatização” e para a participação “da Iberia e outros operadores internacionais interessados”.

A Iberia é detida pelo grupo IAG, dona também da Vueling, British Airways e Aer Lingus, e voa, atualmente, para os aeroportos portugueses de Lisboa, Porto, Faro e Madeira.

“Temos de olhar para a conectividade aérea porque há estudos que revelam que condiciona a nossa economia em relação ao resto da Europa, porque somos um país periférico”, disse Costa Silva.

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