“Vemos perturbações no Mar Vermelho, no Canal do Suez e no Canal do Panamá”, apontou Ngozi Okonjo-Iweala.

No início de outubro, a OMC já tinha revisto em baixa as suas previsões para 2023, afirmando esperar que o volume de comércio mundial de mercadorias aumentasse apenas 0,8%, mas esperava uma subida de 3,3% este ano.

“Esperamos um desempenho mais fraco. Iremos rever essas estimativas para este ano”, disse Ngozi Okonjo-Iweala, em declarações aos jornalistas na reunião do Fórum Económico Mundial em Davos.

As novas previsões deverão estar prontas dentro de um mês, adiantou.

Além de questões geopolíticas, a dirigente da OMC indicou que também há um crescimento mais fraco do que o previsto, fragilidades “em particular na Europa” e “o regresso de pressões inflacionistas”.

“Isso vai também ter um impacto no que os bancos centrais fazem com as taxas de juro. Pela primeira vez os banqueiros centrais estão muito interessados no que se passa no comércio, por isso tenho falado com eles”, acrescentou.