Fonte do SPAC disse à agência Lusa que 96% votaram a favor da proposta, dois por cento contra e dois por cento abstiveram-se.

A assembleia de empresa convocada pelo SPAC destinou-se a debater o despedimento coletivo anunciado de 35 profissionais e decidir a aceitação ou não de realizar voos em férias e folgas.

Numa convocatória enviada esta semana aos associados, a que a Lusa teve acesso, o sindicato explicava que “a pedido expresso e urgente da direção do SPAC e tendo em conta a especial gravidade do momento laboral” que se atravessa, o presidente da mesa da assembleia-geral convocou a assembleia de empresa dos pilotos da TAP Air Portugal.

Esta segunda-feira, o SPAC apelou para que os associados não realizem voos em folga e férias e não “aceitem qualquer atividade que não esteja planeada”, para combater o despedimento coletivo na TAP.

Numa carta, a que a Lusa teve acesso, os pilotos voltaram a contestar este processo, que envolve 35 profissionais, referindo que os “fundamentos são ilegais, incompreensíveis e sem justificação”.

“Apelamos a todos os pilotos que, enquanto pairar esta ameaça de despedimento coletivo, não realizem voos em folga e férias e não aceitem qualquer atividade que não esteja planeada. Não contribuam para despedir os vossos colegas”, salienta o SPAC.

“A TAP entende que não precisa desses 35 pilotos para realizar a operação. Porém, o que se verifica é que a TAP, apesar de ter um número de pilotos que considera excessivo, recorre ao trabalho em férias e folgas para resolver os problemas de planeamento”, disse o sindicato.

O processo de despedimento coletivo de 124 colaboradores iniciado em 07 de julho pela TAP abrange 35 pilotos, 28 tripulantes de cabina, 38 trabalhadores da manutenção e engenharia e 23 funcionários da sede, segundo uma mensagem enviada pela administração aos trabalhadores.

A Lusa não conseguiu saber o nível de participação na assembleia de hoje, realizada online.