A criação de, pelo menos, 10 postos de trabalho é um dos critérios para a atribuição de Autorizações de Residência para Atividade de Investimento (ARI), que arrancou em outubro de 2012.

Questionada pela Lusa sobre a criação de empregos através deste requisito, fonte oficial da SEF disse que, "até à data, desde o início programa, foram concedidos 16 títulos de residência por esta via, dando origem a pelo menos 200 postos de trabalho no total".

Relativamente à área de investimento, "a zona com mais destaque é a da Grande Lisboa (oito ARI)", acrescentou a mesma fonte.

Ou seja, metade dos vistos 'gold' atribuídos segundo este requisito foram na área da Grande Lisboa e os outros oito "distribuem-se equitativamente pela zona Norte, Centro e Sul".

Sobre as áreas de atividade das empresas, o SEF adianta que "são diversas", desde a indústria metalomecânica, passando pela têxtil, informática, agrícola e construção civil, entre outras.

Brasil e Argélia são as nacionalidades em destaque na atribuição de vistos 'gold' mediante este critério.

O investimento captado através dos vistos 'gold' caiu 23% no semestre, em termos homólogos, para 372 milhões de euros.

Em mais de seis anos e meio – o programa ARI foi lançado em outubro de 2012 –, o investimento acumulado até junho totalizou 4.622.042.687,16 euros, com a aquisição de imóveis a somar 4.179.555.493,41 euros.

Os vistos "dourados" atribuídos por via da transferência de capital ascendem a 442.487.193,8 euros.

Desde a criação deste instrumento, que visa a captação de investimento, foram atribuídos 7.583 ARI: dois em 2012, 494 em 2013, 1.526 em 2014, 766 em 2015, 1.414 em 2016, 1.351 em 2017, 1.409 em 2018 e 621 em 2019.

Até junho passado, em termos acumulados, foram atribuídos 7.150 vistos 'gold' por via da compra de imóveis, dos quais 334 tendo em vista a reabilitação urbana.

Por requisito da transferência de capital, os vistos concedidos totalizam 417 e foram atribuídos 16 por via da criação de, pelo menos, 10 postos de trabalho.

Por nacionalidades, a China lidera a atribuição de vistos (4.291), seguida do Brasil (764), Turquia (347), África do Sul (299) e Rússia (263).

Desde o início do programa foram atribuídas 12.874 autorizações de residência a familiares reagrupados, das quais 1.059 este ano.