Alívio de restrições contra a Covid-19? Ainda não
Edição por Tomás Albino Gomes
Ainda estamos um bocadinho longe de ser a Dinamarca, o primeiro dos países da União Europeia a eliminar a maioria das restrições destinadas a combater a pandemia de covid-19, e quem o garante é Graça Freitas.
Numa entrevista à RTP, a diretora-geral da Saúde admitiu que a introdução de medidas de uma "nova fase" vai depender da velocidade com que for atingida uma "linha de base mais estável" da covid-19, sendo que, neste momento em que ainda são registados cerca de 50 mil casos diários, isso não é possível.
Estamos numa "fase de transição ainda com muitas incertezas" — mas que pode evoluir para uma situação mais "endémica" ou "sazonal".
Para os próximos tempos, Graça Freitas adianta que estão a ser equacionadas medidas quanto ao isolamento de casos positivos — pode haver redução do período de isolamento para cinco dias — e sobre os contactos com uma pessoa infetada — cujo isolamento pode acabar se não existirem sintomas.
Contudo, mesmo que deixe de haver período de isolamento nestes casos, deverão ser indicadas medidas de “etiqueta social” para essas pessoas — mas os cenários ainda estão todos em avaliação e, segundo a diretora-geral da Saúde, "cada vez dependemos mais dos cidadãos".
Segundo Graça Freitas, depois da atual vaga haverá “surtos” ou “picos”, não sendo descartada a possibilidade de aparecerem novas variantes. Nesses momentos podem ser necessárias novas medidas, relativamente a máscaras e testagem.
Para já, ficamos com as mudanças anunciadas ontem pelo Conselho de Ministros. Os passageiros que entrem em Portugal com certificado digital covid-19 vão deixar de ser obrigados a apresentar teste negativo nos aeroportos. Foi também anunciado que os testes rápidos de antigénio passam a ter validade de 24 horas.
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