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Newsletter diária • 09 jul 2024

 
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Nos 75 anos da NATO, o grande tema são os 81 de Biden

 
 

Edição por Ana Maria Pimentel

A cimeira do 75º aniversário da NATO, em Washington, deveria mostrar o triunfo de uma aliança maior e mais forte, mas será marcada pela incerteza a respeito da guerra na Ucrânia e pela sombra de Donald Trump, candidato à presidência dos Estados Unidos. Haverá motivos para celebrar o futuro?

Na cimeira, que começa hoje, mais do a defesa dos países do Atlântico Norte, os olhos estão postos na saúde de Joe Biden a quem muitos pedem que se reforme. O democrata, anfitrião do evento, luta pela sua sobrevivência política depois de um debate desastroso contra o republicano, um cético da NATO.

Biden receberá os líderes da aliança transatlântica de 32 nações durante três dias a partir de terça-feira. Convidou também os líderes da Austrália, do Japão, da Nova Zelândia e da Coreia do Sul, um sinal do papel crescente da NATO na Ásia face a uma China em ascensão.

A cimeira acontece um dia depois de "ataques particularmente chocantes", segundo Guterres, da Rússia à Ucrânia. Onde uma onda de bombardeamentos russos  deixou, pelo menos, 31 mortos em vários pontos do país e atingiu dois hospitais, um deles para crianças. As consequências dos bombardeamentos refletem o desgaste das defesas antiaéreas ucranianas, que carecem de sistemas ocidentais. Numa altura em que, na linha de frente, o Exército russo ganha terreno há meses e tenta aproveitar as dificuldades do Exército ucraniano para reabastecer as suas fileiras e obter mais armas e munições do Ocidente. E é exatamente isso que se acredita que Zelensky vá pedir à cimeira, uma vez que a entrada na NATO está mais que afastada neste momento.

Nas várias guerras do planeta há apenas duas em que o mundo tem os olhos postos. Se na da Ucrânia, Zelensky viajará à cimeira, na de Gaza são os chefes dos serviços de inteligência dos Estados Unidos e de Israel que planeiam viajar ao Qatar esta quarta-feira para discutir um acordo de cessar-fogo entre Hamas e Israel em Gaza, informou uma fonte conhecedora das conversas à AFP nesta segunda-feira.

De um lado, várias manifestações foram convocadas para este domingo em Israel para paralisar o país na busca de um cessar-fogo com o movimento islamista Hamas em Gaza que permita o regresso dos reféns sequestrados há nove meses. Depois de milhares de pessoas se terem manifestado, no fim da semana passada, em Jerusalém e em outras cidades israelitas contra o governo de Benjamin Netanyahu, acusando-o o primeiro-ministro de sabotar o acordo de libertação de reféns e mergulhar Israel no abismo. Do outro, o secretário-geral da ONU, António Guterres, lamentou, também a semana passada, o estado de "anarquia" e "caos total" na Faixa de Gaza, a dificultar a distribuição de ajuda humanitária e provocar muitos saques de camiões quando entram naquele território palestiniano.

Este é o ponto de partida para a cimeira da NATO que aos 75 anos ainda não pode pensar na reforma, ao contrário do que é pedido a Joe Biden.

 
 
 
 

 
 

Alguns minutos antes das 8 da noite deste domingo, um rumor começou a propagar-se pelas praças de Estalinegrado e da República, em Paris, onde se concentravam militantes das esquerdas: dizia-se nesse rumor que não só Le Pen estava longe da maioria absoluta como aparecia em terceiro lugar, e o primeiro era da Frente Popular, das esquerdas. Continuar a ler

 
 
 
 
 
 

 
 

O É Desta Que Leio Isto, clube de leitura da MadreMedia, conta com o escritor, jornalista e argumentista Rui Cardoso Martins no próximo encontro, para uma conversa sobre o seu romance "As melhoras da morte". Deixamos o convite para que se junte a nós a 17 de julho (quarta-feira), pelas 21h00.