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Newsletter diária • 03 mai 2022

 
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Políticos debaixo de escuta. Onde chega o Pegasus?

 
 
  • Espanha: Primeiro-ministro e ministra da Defesa são as mais recentes vítimas conhecidas da vigilância do Pegasus, um programa israelita de espionagem.
  • O Pegasus é um programa informático de ciberespionagem que se instala em dispositivos móveis e é capaz de copiar toda a informação contida no aparelho espiado, do qual assume o controlo quase total, sem que o seu utilizador o saiba. O programa chega ao utilizador a partir de uma falsa mensagem de correio eletrónico ou uma videochamada perdida nas redes socais, como WhatsApp, na qual se incita a entrar num sítio com algum tema de interesse para o utilizador do aparelho, a partir do qual é infetado.
  • No verão de 2021, uma investigação uma investigação jornalística global revelou que o Pegasus tinha sido utilizado por governos de todo o mundo, desde a Arábia Saudita ao México, para espiar ativistas, defensores de direitos humanos, jornalistas e políticos.
  • Cerca de 50 mil pessoas foram identificadas como potenciais alvos do programa, entre o quais 180 jornalistas que investigam casos de corrupção ou violações de direitos humanos, bem como dirigentes políticos.
  • Entre estes, o presidente francês, Emmanuel Macron. Em setembro de 2021, o sítio de informação Mediapart estendeu a mais cinco ministros franceses a possibilidade de terem sido espiados, se bem que as análises técnicas não tenham determinado se os telemóveis foram de facto infetados ou apenas objeto de identificação para espionagem posterior.
  • Também o ex-presidente da Comissão Europeia Romano Prodi estaria entre os espiados, tal como o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel. Neste caso, a situação teria acontecido quando este chefiava o governo belga, indicou o diário belga “Le Soir”, que colaborou com o consórcio.
  • Na Hungria, e depois das diligências abertas pela procuradoria de Bucareste, soube-se que entre os telemóveis espiados esteva o do jornalista Daniel Nemeth, que investigava a vida luxuosa de personagens próximas do governo do ultranacionalista Viktor Orbán.
  • Um dos últimos casos de alegada espionagem com recurso ao Pegasus foi revelado pelo semanário norte-americano The New Yorker, em abril de 2022, com dados do The Citizen Lab, segundo o qual mais de sessenta dirigentes independentistas catalães, na sua maioria, e bascos, tinham sido vítimas do programa. Entre os investigados estão o presidente da Generalitat (o governo autonómico), Pere Aragonès, os ex-presidentes Quim Torra e Artur Mas e os colaboradores de Carles Puigdemont.