"Todos os adeptos querem que a sua equipa esteja no próximo Mundial. Tudo o que precisamos é de apoio da federação e do ministro [do Desporto] para nos prepararmos para grandes eventos", afirmou Queiroz, citado hoje no Theeran Times, após uma reunião com responsáveis iranianos.

Queiroz, que citou 'pressões' não especificadas, alegou falta de união na federação iraniana e denunciou situações de humilhação vividas por si e pelos jogadores, despediu-se em conferência de imprensa, a 31 de março, após a derrota no jogo particular com a Suécia (3-1).

Depois disso, o antigo selecionador português, de 62 anos, viu o seu nome envolvido numa situação de alegadas dívidas ao fisco, defendendo o que o seu contrato determina que seja a federação a pagar os impostos.

Hoje, a imprensa iraniana afirma que Queiroz vai continuar no cargo, depois de terminada uma 'batalha' entre a federação e o ministro do Desporto. "Quem não gostar, pode deixar a federação, uma vez que o ministro decidiu continuar com Queiroz", afirmou Reza Hosnikhu, um responsável nomeado para mediar o conflito.

Antes o Mundial de 2014, disputado no Brasil, Queiroz - que treinou o Sporting, o Real Madrid e foi adjunto de Alex Ferguson no Manchester United - queixou-se de falta de apoio governamental em termos de infraestruturas de treino e outros equipamentos essenciais para a preparação.

A 20 de março, o presidente da Federação Iraniana de Futebol, Ali Kafashian, disse que a relação de quatro anos com Queiroz estava terminada.

"Felizmente, tudo se resolveu e o senhor Queiroz vai preparar a equipa nacional para o Mundial de 2018- O nosso objetivo é chegar aos oitavos de final", afirmou agora Kafashian, que, sobre a questão dos impostos, prometeu fazer o seu melhor com a ajuda de responsáveis superiores.

Na qualificação asiática para o Mundial de 2018, na Rússia, o Irão está integrado no grupo D, com Omã, Turquemenistão e Guam.

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