Cuba estava há dez anos nesta lista, onde se mantêm países como a Venezuela.

A decisão norte-americana surge uma semana depois da reconciliação diplomática entre os EUA e Cuba e dois meses após a remoção de Cuba da lista dos países que incentivam o terrorismo.

"O governo de Cuba não cumpre integralmente as condições mínimas para a eliminação do tráfico, mas está a fazer esforços significativos nesse sentido", diz-se no relatório do Departamento de Estado dos EUA.

Apesar das explicações do Departamento, o congressista republicano Chris Smith, um dos mais ativos na questão da luta ao tráfico, afirmou, num comunicado, que a alteração foi feita "apenas por razões políticas", dizendo que Cuba nada fez para merecer esta alteração. O relatório sobre o tráfico de seres humanos do Departamento de Estado analisa a situação em 188 países em todo o mundo, avaliando as medidas que os seus governos implementam para controlar ou eliminar este flagelo. Na "lista negra" do relatório estão ainda a Venezuela, Belize, Guiné Equatorial, Rússia, Irão, Coreia do Norte, Síria, Argélia, Burundi, República do Centro Africano, Eritreia, Gâmbia, Guiné-Bissau, Kuwait, Líbia, Mauritânia, Sudão do Sul, Tailândia, Iémen, Zimbábue, Bielorrússia, as Ilhas Marshall e os Camarões.

O presidente dos EUA, Barack Obama, tem agora 90 dias para decidir se deseja aplicar sanções aos países ainda presentes nesta lista.

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