O chefe da diplomacia guineense considerou que são necessários trabalhos "intensos" para "erradicar a pobreza e também os problemas de alterações climáticas", uma situação que afeta todo o mundo.

Num discurso proferido em francês, o governante manifestou o apoio do país aos três documentos que os líderes dos 105 países asiáticos e africanos presentes na cimeira devem aprovar ainda hoje, afirmando que são importantes não apenas para os dois continentes, mas "vão ter um impacto no mundo".

Em cima da mesa estão a Mensagem de Bandung, a Declaração de Revitalização da Parceria Estratégica Ásia-África e a Declaração para a Palestina, documentos que ainda não foram disponibilizados à imprensa.

Entre as ideias propostas, figuram a criação de um Centro Ásia-África para abordar problemas partilhados pelas duas regiões, a defesa de alterações em algumas organizações internacionais, como o Conselho de Segurança das Nações Unidas, e o apoio à independência da Palestina, segundo alguns governantes que participam no evento.

Mário Lopes Rosa considerou que "é tempo de as organizações internacionais verem a realidade" e de as Nações Unidas fazerem "uma mudança".

O chefe da diplomacia guineense elogiou o princípio da realização da Conferência Ásia-África de 1955, cujo 60.º aniversário é assinado esta semana na Indonésia, a par do 10.º aniversário da Nova Parceria Estratégia Ásia-África.

"O nosso movimento é baseado na prosperidade e na solidariedade entre muitas nações", destacou, lembrando que a Guiné-Bissau só viu a sua independência reconhecida depois do evento de 1955, em concreto em 1974.

Há 60 anos, num encontro na cidade indonésia de Bandung, líderes dos dois continentes lutavam contra a opressão colonial e o domínio das principais potências mundiais e defendiam a independência, a paz e a prosperidade económica nas duas regiões.

Além dos países presentes, participam nas comemorações desta semana representações de 15 nações na qualidade de observadores e de 17 organizações internacionais.

AYN // VM

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