"Identificar e desmantelar as redes organizadas que exploram o desespero de vítimas inocentes é um problema que a Europa não pode enfrentar sozinha", referiu o secretário-geral da Interpol, Jurgen Stock, num comunicado, na véspera de uma cimeira extraordinária do Conselho Europeu em Bruxelas que vai discutir o problema da imigração ilegal no Mediterrâneo.

"A Interpol, como plataforma internacional para a partilha e análise de informações para a polícia em todo o mundo, tem um papel crucial no combate contra a imigração ilegal, particularmente na sua raiz", acrescentou o representante.

A organização, que detém meios em 190 países, recordou igualmente que está a reforçar a cooperação com os países de origem e de trânsito dos migrantes, designadamente no Mediterrâneo oriental, na região dos Balcãs e em territórios africanos.

Jurgen Stock acrescentou que a Interpol vai ainda recolher e analisar dados e informações para identificar eventuais ligações entre os traficantes de imigrantes e outras organizações criminosas, incluindo organizações terroristas ou grupos dedicados ao tráfico de seres humanos ou de produtos ilícitos.

Em 2014, a Interpol participou em três operações conjuntas com a Frontex (Agência Europeia de Gestão da Cooperação Operacional nas Fronteiras Externas) contra redes organizadas que operavam rotas de imigração ilegal.

No mais recente incidente no Mediterrâneo, ocorrido no domingo último, cerca de 800 pessoas terão morrido quando a embarcação em que viajavam naufragou ao largo da Líbia. Este acidente aconteceu dias depois de outra tragédia semelhante que fez cerca de 400 desaparecidos.

SCA // VM

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