Segundo o diretor-geral do Ambiente cabo-verdiano, Moisés Borges, apesar de "limitado", há um "pequeno risco" de a "maré negra", que se espalhou entretanto por mais de 70 quilómetros, atingir Cabo Verde, tudo dependendo das correntes marítimas, que, segundo as últimas informações, estão a empurrar o combustível para sudoeste.

Se as correntes persistirem, o combustível, que se encontra a cerca de 800 milhas náuticas (cerca de 1.500 quilómetros) de Cabo Verde, poderá atingir sobretudo a costa da Mauritânia e do Senegal, bem como o norte do arquipélago, acrescentou.

Salientando que o Governo cabo-verdiano está a acompanhar de perto o evoluir da situação, Moisés Borges admitiu que, se a mancha atingir o arquipélago, pode pôr em risco algumas espécies marinhas "muito sensíveis a mudanças" nas águas locais, lembrando que Cabo Verde dispõe de recursos limitados para fazer face à situação.

"Estamos em contacto com as Canárias e com as autoridades marítimas internacionais. Um navio norueguês está a proceder à retirada do restante combustível ainda dentro da embarcação afundada", adiantou Moisés Borges, indicando que o navio está a 2.400 metros de profundidade, 30 quilómetros a sul da ilha da Grande Canária.

Segundo fontes oficiais espanholas, a embarcação russa "Oleg-Neydanov" transportava cerca de 1.500 toneladas de combustível nos depósitos quando se incendiou, desconhecendo-se ainda as razões, e as previsões apontam para uma fuga de mais de 400 toneladas de gasóleo.

No final da semana passada, a organização de defesa ambiental Greenpeace alertou para o perigo de a "maré negra" atingir a costa oeste-africana.

JSD // VM

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