Num comício virtual no sexto dia de campanha, a partir de São João da Madeira, distrito de Aveiro, a recandidata apoiada pelo BE elencou a defesa da saúde como o seu combate "até às eleições e no dia seguinte às eleições".

Marisa Matias explicou que "quando os hospitais esgotam a sua capacidade, reduzem ainda mais a resposta não covid e adiam ainda mais as consultas e as cirurgias prioritárias", sendo por isso necessário requisitar os privados pelo "Estado, pagos a preço de custo e a sua subordinação ao comando e às prioridades definidas pelo SNS".

"A Constituição prevê a requisição de privados, a lei de bases de saúde prevê a requisição, o Estado de emergência prevê a requisição. A única coisa que falta é coragem, a coragem de proteger o SNS que nos protege a todos e a todas", criticou.

Perante "a maior crise sanitária da nossa história democrática", para a dirigente e eurodeputada do BE o apelo é simples: "avance-se".

"Não é o momento para o negócio, é o momento para salvarmos vidas", defendeu.

Responde o Governo, segundo Marisa Matias, "que os hospitais privados não estão preparados para receber mais doentes covid pois não dispõem de sistemas de ventilação separados", uma explicação que diz "alguma coisa" sobre como estaria hoje Portugal sem o SNS.

"Mas não explica o adiamento na requisição. Toda a capacidade deve estar ao serviço do que é prioritário. Se o SNS é capaz de responder ao covid, como diz a própria ministra Marta Temido, então o privado deve ser requisitado já para as restantes necessidades prioritárias", defendeu.

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Lusa/fim