"Este financiamento chega num momento crítico em que o país procura fechar a sua crescente lacuna fiscal, evitar uma prolongada queda económica em resultado desta crise e fornecer apoio aos mais vulneráveis", disse Idah Z. Pswarayi-Riddihough, diretora do Banco Mundial para Moçambique, Madagáscar, Maurícias, Comores e Seychelles, citado no documento.

Segundo o comunicado, a ajuda faz parte de um pacote mais amplo de apoio que a instituição tem prestado ao país africano desde 2017, com o objetivo de reforçar os serviços de saúde, melhorar o acesso à água e saneamento e ampliar a cobertura de programas de proteção social, bem como criar um melhor ambiente de negócios.

"A epidemia de covid-19 atingiu Moçambique num momento particularmente débil, já que o país tenta recuperar-se de grandes choques, incluindo a crise da dívida e os efeitos devastadores de dois ciclones, o que torna esta operação oportuna e crítica," disse Carolin Geginat, economista principal do Banco Mundial, citada também no documento.

A proposta de Orçamento Retificativo que o Governo moçambicano submeteu à Assembleia da República recentemente revê em baixa a taxa do Produto Interno Bruto (PIB), dos 2,2% projetados em abril para 0,8% até ao final deste ano.

Para conter a pandemia de covid-19, Maputo tinha pedido à comunidade internacional uma ajuda de 700 milhões de dólares (590 milhões de euros), tendo recebido, até setembro deste ano, 414 milhões de dólares (372 milhões de euros) de parceiros externos.

Moçambique tem um total acumulado de 11.748 casos de infeção pelo novo coronavírus, 78% dos quais recuperados, e 82 mortes.

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