"Peço a todos aqui que aumentem a pressão sobre o Hamas, que está atualmente a recusar este acordo", disse Biden durante a primeira sessão plenária da cimeira das principais economias do mundo, no Rio de Janeiro.
O líder norte-americano prometeu que continuará a "pressionar" para tentar "acelerar" um acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza, para que Israel consiga alcançar a "segurança" e o regresso dos reféns e para que os palestinianos acabem com o seu "sofrimento".
"Peço a todos aqui que aumentem a pressão sobre o Hamas, que atualmente rejeita o acordo", disse Biden, cujo país tem sido historicamente um aliado importante de Israel.
No seu discurso, o Presidente dos Estados Unidos sublinhou que "Israel tem o direito de se defender do pior massacre de judeus desde o Holocausto", ao descrever os ataques de 07 de outubro de 2023, mas destacou imediatamente que "a forma como Israel se defende é de extrema importância".
Israel declarou a 07 de outubro do ano passado uma guerra na Faixa de Gaza para "erradicar" o Hamas, horas depois de este ter realizado em território israelita um ataque de proporções sem precedentes, matando cerca de 1.200 pessoas, na maioria civis.
Desde 2007 no poder em Gaza e classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel, o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) fez também nesse dia 251 reféns, 97 dos quais continuam em cativeiro, 34 deles entretanto declarados mortos pelo Exército israelita.
A guerra continua a ameaçar alastrar a toda a região do Médio Oriente, fez até agora na Faixa de Gaza mais de 43 mil mortos (quase 2% da população), entre os quais 17.000 menores, e 100.282 feridos, além de mais de 10.000 desaparecidos, na maioria civis, presumivelmente soterrados nos escombros, de acordo com números atualizados das autoridades locais, que a ONU considera fidedignos.
Cerca de 90% dos 2,3 milhões de habitantes de Gaza viram-se obrigados a deslocar-se, muitos deles várias vezes, ao longo de mais de um ano de guerra, encontrando-se em acampamentos apinhados ao longo da costa, praticamente sem acesso a bens de primeira necessidade, como água potável e cuidados de saúde.
O sobrepovoado e pobre enclave palestiniano está mergulhado numa grave crise humanitária, com mais de 1,1 milhões de pessoas numa "situação de fome catastrófica" que está a fazer "o mais elevado número de vítimas alguma vez registado" pela ONU em estudos sobre segurança alimentar no mundo.
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