"Estudo nacional ou internacional não temos, mas a visão clínica de especialistas mostra que a variante [estirpe brasileira] nova tem ação mais agressiva nas grávidas", disse Raphael Câmara, secretário de Atenção Primária à Saúde do Ministério da Saúde, numa conferência de imprensa.

"Antes, [a gravidade da covid-19] estava ligada ao final da gravidez, mas, agora, vê uma evolução mais grave no segundo trimestre e até no primeiro trimestre", acrescentou o secretário brasileiro que também é médico ginecologista e obstetra.

O representante do Governo brasileiro recomendou que "caso possível, postergar um pouco a gravidez para um melhor momento para que você possa ter a gravidez mais tranquila".

"É lógico que a gente não pode falar isso para quem tem 42, 43 anos, mas para uma mulher jovem que pode esperar um pouco, o mais indicado é esperar um pouco," completou.

O Ministério da Saúde brasileiro publicou hoje uma recomendação favorável a vacinação de mulheres grávidas em grupo de risco, embora os imunizantes aplicados no país, do laboratório Sinovac e da farmacêutica AstraZeneca, não tenham estudos finais sobre imunização de gestantes.

"Gestantes, puérperas e lactantes podem se vacinar contra a covid-19 no Brasil, desde que pertençam a um dos grupos prioritários, especialmente se tiverem alguma comorbidade. Essa é a orientação do Ministério da Saúde, que tem como base estudos nacionais e internacionais que avaliaram os riscos e os benefícios de imunizar mulheres nessas condições", diz uma publicação no site do Ministério da Saúde.

No caso de brasileiras grávidas sem doenças preexistentes, a recomendação é que seja realizada uma avaliação cautelosa junto ao seu médico, principalmente se a mulher exercer alguma atividade que a deixe mais exposta à doença.

"A gestante também deve ser informada sobre os dados de eficácia e segurança conhecidos dos imunizantes (...). O Ministério da Saúde orienta que as gestantes, lactantes e puérperas procurem os serviços de saúde somente quando chegar a fase de vacinação do grupo prioritário no qual elas estão inseridas", concluiu.

O Brasil registou 365.444 mortes e mais de 13,7 milhões de casos confirmados de covid-19 desde o início da pandemia.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.987.891 mortos no mundo, resultantes de mais de 139 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

CYR // JH

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