De acordo com o relatório de 2016 que compila as estatísticas de saúde de 194 países, Cabo Verde tem a menor mortalidade materna entre 47 países africanos, tendo registado, em 2015, 42 mortes por 100 mil nascimentos (53 mortes em 2013).

Cabo Verde é neste indicador o segundo melhor país lusófono, a seguir a Portugal (10 mortes/100 mil), e à frente do Brasil (44 mortes), São Tomé e Príncipe (156), Angola (477 mortes), Moçambique (489) e Guiné-Bissau (549 mortes).

A média global de mortes por complicações ligadas à gravidez ou ao parto é de 216 por 100 mil nascimentos, o que se traduz em 830 mortes diárias de mulheres devido a estas causas, dois terços das quais ocorrem em África.

A esperança média de vida em Cabo Verde é de 73,3 anos, o que coloca o país como o terceiro com maior esperança média de vida em África.

Fonte da OMS explicou à agência Lusa que os dados de 2013 relativos à esperança média de vida em Cabo Verde, que surgiam no relatório de 2015 e colocavam este indicador nos 74,5 anos, foram revistos devido aos novos métodos de elaboração das estatísticas deste ano.

Desta forma, a OMS indica como esperança média de vida em Cabo Verde em 2013 os 72,8 anos.

A mesma fonte assinala ainda que, apesar de estes dados não constarem do relatório, a esperança média de vida em Cabo Verde cresceu 3,4 anos entre 2000 e 2015, passando de 69,9 anos para 73,3 anos.

Cabo Verde continua, ainda assim, com uma esperança de vida acima da média global, que em 2015 se situou nos 71,4 anos.

Comparando os 47 países africanos em análise, Cabo Verde detém a terceira maior esperança média de vida apenas superado pela Argélia (75.6) e pelas Maurícias (74.6).

É também a terceira maior esperança de vida entre os países lusófonos, a seguir a Portugal (81,1 anos) e Brasil (75 anos).

A esperança média de vida dos homens aumentou 3,1 anos, situando-se nos 71,3 anos, e a das mulheres 3,6, sendo atualmente de 75 anos.

Cabo Verde conseguiu também melhorias na redução da mortalidade infantil em menores de cinco anos, que, segundo a OMS, passou de 26 mortes por mil nascimentos em 2013 para 24,5 mortes por mil em 2015.

Contudo, dados divulgados em abril pelo Ministério da Saúde cabo-verdiano revelam que a taxa de mortalidade infantil em menores de 05 anos registada em 2015 foi de 17,5 por mil nados vivos, uma redução de 53 óbitos em comparação a 2014.

Na mortalidade neonatal, os dados da OMS revelam uma ligeira subida de mortes à nascença, passando de 11,4 por mil em 2013 para 12,2 mortes por mil nascimentos em 2015.

O relatório dá ainda conta que em Cabo Verde 92 por cento dos partos eram realizados em 2014 por pessoal médico ou por parteiras, muito acima da média global, que era de 73 por cento em 2013.

O número de crianças imunizadas com três doses da vacina da hepatite B atingia os 95 por cento em 2014.

No mesmo ano, as novas infeções por HIV era de 0.9 por 1000 na população entre os 15 e os 49 anos, o que colocava o país como o 16.º com menos novas infeções entre os países africanos, e a incidência de tuberculose registava 138 casos por 100 mil pessoas.

Os dados apresentados sobre a prevalência da malária são de 2013 e apontam para uma taxa de incidência de 0.7 por 1000 pessoas em risco.

Em Cabo Verde, em 2012, 15,1 por cento da população com idades entre os 30 e os 70 anos, tinha probabilidade de morrer de doenças cardiovasculares, cancro, diabetes ou doenças respiratórias crónicas.

Os dados da OMS registam também um aumento no consumo de álcool puro, que passou de 6,9 litros per capita em 2010, para 7,2 litros em 2015.

A incidência de homicídios é de 12,2 por 100 mil habitantes e a de suicídios é de 3,9, segundo o relatório, que nestes dois parâmetros apresenta dados de 2012.

O país regista uma densidade de 8,6 profissionais de saúde qualificados por cada 10 mil habitantes.

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