Passaram pelo porto de Maputo 21 milhões de toneladas de carga em 2019, valor que desceu para 18,3 milhões de toneladas em 2020, referiu a Maputo Port Development Company (MPDC).

A MPDC considerou o declínio como um reflexo das restrições impostas a par da pandemia de covid-19, "nomeadamente o encerramento de fronteiras e o 'lockdown' sul-africano entre março e abril", além de "restrições no funcionamento da fronteira que se sentiram durante todo o ano".

Ainda assim, "o volume ferroviário de crómio e ferro-crómio", minérios exportados pela África do Sul através de Maputo, "registaram um crescimento notável de 33% quando comparado com 2019".

A MPDC realçou que a pandemia promoveu a migração do transporte de minérios a granel, da estrada para a ferrovia.

A parcela de carga em ferrovia subiu de 20% em 2019 para 25% do total dos volumes manuseados em 2020.

Para 2021, o porto de Maputo prevê uma recuperação "cautelosamente otimista": "iremos colher os frutos do nosso investimento na infraestrutura portuária e em soluções tecnológicas", referiu Osório Lucas, diretor executivo da MPDC, citado no comunicado.

Apesar do decréscimo nos volumes totais manuseados em 2020, a empresa disse apoiar "plenamente" as medidas tomadas para conter a pandemia, defendendo os valores da vida, e manter o compromisso de investir na expansão e reabilitação da infraestrutura portuária.

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