"O vírus continua a circular, em particular em certas regiões (...), mas circula em velocidade reduzida", disse Jean-François Delfraissy à radio France Inter.

"Onde tínhamos dezenas de milhares de casos, cerca de 80.000 novos casos por dia no início de março, antes do confinamento, agora temos cerca de mil casos aproximadamente", estimou, na mesma entrevista realizada no dia em que cientistas alertam para os perigos de uma segunda vaga no país.

O risco de uma nova vaga de covid-19 em França é "extremamente elevado", de acordo com um estudo publicado hoje, que aponta que o número de pessoas suscetíveis de contágio permanece alto, com baixa percentagem de imunizados.

Os autores do estudo, elaborado por investigadores do Instituto Nacional de Investigação Agrícola e Ambiental (INRAE) e publicado na revista "Frontiers in medicine", aconselham prudência no desconfinamento e sublinham a importância de manter a distância social e as medidas de higiene.

Através da aplicação de modelos matemáticos complexos e de projeções estatísticas, os investigadores concluíram que no início de maio, quando terminou o confinamento da população, ainda existiam cerca de 100 mil casos de pessoas infetadas no país.

O investigador Lionel Roques, que liderou o estudo, disse à agência de notícias espanhola Efe que, antes do confinamento, os casos de infeção aumentavam 25% por dia, mas que mesmo após as medidas instauradas pelo Governo para limitar a interação social, a redução do número de casos positivos foi muito lenta, rondando apenas 5% por dia.

PSP (PTA) // ZO

Lusa/fim

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