"Não podemos mudar o passado, mas podemos transformar o futuro (...) Quando a Coreia e o Japão apertarem as mãos e refletirem sobre a história, a era da paz chegará ", disse Moon Jae-in, num discurso na praça central de Gwanghwamun, em Seul.
Apesar de declararem a sua independência, a Coreia só se libertou da ocupação japonesa no dia 15 de agosto de 1945.
As palavras do Presidente sul-coreano vêm num momento de tensão renovada nas relações entre Seul e Tóquio devido ao passado colonial e da corrente revisionista do Governo do primeiro-minstro japonês, Shinzo Abe, que parece ter se intensificado nos últimos meses.
"Quando a dor das vítimas for curada s através de esforços conjuntos, a Coreia e o Japão poderão tornar-se amigos autênticos", acrescentou Moon, que proferiu os seu discurso em frente ao local onde a sede do Governo colonial japonês foi erguida.
Nos últimos meses, o atrito diplomático está a aumentar com várias decisões dos tribunais sul-coreanos a considerem que as empresas japonesas que empregavam coreanas durante a Segunda Guerra Mundial devem compensá-las economicamente.
A maioria dos historiadores estima que até 200 mil mulheres - a maioria coreanas, mas também chinesas - tenham sido forçadas a prestar serviços sexuais a tropas nipónicas entre os anos 30 do século passado e o final da Segunda Guerra Mundial, que terminou em 1945.
Tóquio defende que os 500 milhões de dólares que o Japão forneceu à Coreia do Sul sob o tratado de 1965 foram destinados a resolver permanentemente todos os problemas de compensação em tempo de guerra.
MIM (FST) // MIM
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