Milton Nascimento, um dos um dos maiores representantes da chamada Música Popular Brasileira, anunciou em outubro do ano passado que em 2022 realizaria uma digressão de despedida, "A Última Sessão de Música", o mesmo nome de uma das canções do álbum "Milagre dos Peixes", editado em 1973.

Hoje, numa publicação na página oficial do músico na rede social Instagram, foram anunciadas as datas da digressão, que inclui concertos no Brasil, no Reino Unido, em Itália, em Portugal e nos Estados Unidos da América.

Em Portugal, os concertos estão marcados para 23 de junho, em Lisboa, no Coliseu dos Recreios, 26 de junho, em Castelo Branco, no Cineteatro Avenida, 29 de junho, no Porto, na Casa da Música, e 02 de julho, em Braga, no Theatro Circo.

O famoso compositor de clássicos como "Canção da América" e "Maria Maria" completa em outubro 88 anos de vida.

Embora a sua voz não tenha sofrido com a idade, nem com os seus problemas de saúde, Milton Nascimento, que tem diabetes e problemas cardíacos, tem tido dificuldade, nos últimos anos, em cumprir algumas das suas obrigações profissionais devido a diversas hospitalizações, numa das quais teve de ser submetido a um cateterismo.

Nas suas últimas apresentações antes do início da pandemia da covid-19, no Brasil, ficou evidente o seu estado de fragilidade, assim como as dificuldades em caminhar no palco, pelo que teve de cantar sentado.

No entanto, nas apresentações ao vivo que fez em formato virtual na sua residência durante a pandemia, mostrou que a sua voz permanece inquebrável.

O cantor, compositor e guitarrista, que completa este ano 60 anos de carreira, já gravou 34 álbuns e já se apresentou com dezenas de grupos e músicos de outros países, como Wayne Shorter, Herbie Hancock, Ron Carter, Mercedes Sosa, Fito Paez, Peter Gabriel, James Taylor, Sting, Paul Simon e Duran Duran, além dos seus compatriotas Chico Buarque, Caetano Veloso, Gilberto Gil, entre outros.

O brasileiro recebeu cinco prémios Grammy, incluindo um, em 1997, na categoria World Music, pelo seu álbum "Nascimento", e um Grammy Latino, em 2000, pelo Melhor Álbum Pop Contemporâneo por "Crooner".

JRS (MYMM) // MAG

Lusa/Fim

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