O presidente do Conselho Científico, Jean-François Delfraissy, apresentou esta estimativa numa entrevista hoje ao canal BFMTV, pedindo ainda que as pessoas acima de 60 anos e com fatores de risco, como estar acima do peso, se vacinem rapidamente.

Em França, a percentagem de pessoas que não foram imunizadas entre os grupos mais suscetíveis a desenvolver uma forma grave da Covid-19 é a mais alta da Europa, observou Delfraissy.

Na opinião deste responsável, nas próximas semanas "não haverá uma solução milagrosa" para travar aquela que já é a quarta onda epidémica em França, principalmente para quem ainda não completou a sua vacinação.

Por isso, insistiu na adoção de comportamentos de prevenção, como o uso de máscara em espaços públicos fechados ou com grande afluência de público, além da lavagem das mãos.

Questionado sobre a relevância de restaurar a máscara ao ar livre, como tem sido feito pelo menos parcialmente em 16 departamentos franceses com alta incidência de casos do SARS-CoV-2, Delfraissy disse que as pessoas dever aplicar o senso comum e colocarem a máscara quando houver muitas pessoas juntas.

Quanto às casas noturnas, que puderam reabrir em França desde 09 de julho (embora na verdade apenas um quarto o tenha feito), Delfraissy afirmou que são locais com risco de contágio, sublinhando que nas últimas semanas tornaram-se focos de surtos em diferentes países europeus.

O responsável alertou que o regresso à normalidade não pode ser esperado até 2022 ou 2023 e que provavelmente haverá "outra variante que chegará durante o inverno", já que "esse vírus tem capacidades de mutação excecionais".

O número de infeções mais do que dobrou em França na última semana, e o limite de 100 casos por 100.000 habitantes foi ultrapassado estando duas vezes acima do nível de alerta.

A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 4.128.543 mortos em todo o mundo, entre mais de 191,9 milhões de casos de infeção pelo novo coronavírus, segundo o balanço mais recente da agência France-Presse.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em países como o Reino Unido, Índia, África do Sul, Brasil e Peru.

CSR // ANP

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