"Vamos celebrar dois protocolos, um no aspeto específico do fornecimento destes testes e outro que vai abranger duas áreas, a disponibilidade e a capacidade de a Cruz Vermelha dispor de unidades móveis que em contextos de surtos podem ser uma ajuda preciosa para quem deles precisa, nomeadamente dos serviços desconcentrados do Ministério da Saúde (...) e a outra sobre o modelo de formação para a colheita destes testes", precisou o responsável pelo INSA durante uma conferência de imprensa, em Lisboa, ao lado do secretário e Estado Adjunto e da Saúde, António Lacerda Sales.

De acordo com o presidente do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge, os testes não podem ser aplicados por qualquer profissional, sendo necessária formação específica.

O mesmo responsável indicou que a circular que entrará em vigor a 09 de novembro vai enquadrar os procedimentos necessários.

A este respeito, Fernando Almeida elencou a necessidade de regulação destes testes, bem como de garantir a rastreabilidade dos testes que são feitos, desde a colheita à realização dos testes, passando pelo resultado, até ao registo.

"Mas também aspetos muito vincados sobre a formação para realização destes testes. Porque quando falamos em testes rápidos não podemos, de modo algum, dar a entender que são feitos por qualquer pessoa, mas que exigem a colheita por zaragatoa e necessitam de pessoal especializado e por isso também uma necessidade de formação específica", acrescentou.

Segundo o responsável pelo INSA, Portugal acompanha "tudo o que se faz a nível europeu" e também neste caso está "na linha da frente".

"Alguns países já utilizam estes testes, de uma forma não regular, mas em forma de projetos, mas outros como a Bélgica e Espanha, Alemanha, Itália e Grécia já os utilizam, sobretudo em contexto de surtos", disse.

Fernando Almeida referiu-se também à intenção manifestada por Portugal, no âmbito de um consórcio europeu, de adquirir um milhão deste tipo de testes.

"Queríamos também fazer uma reserva estratégica para este tipo de testes de caráter supletivo para quando as autoridades de saúde pública deles necessitarem em contexto de surto", afirmou.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 1,1 milhões de mortos e mais de 44 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 2.395 pessoas em 128.392 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

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Lusa/fim