Numa notificação publicada hoje, o Banco Central explica ter sido nomeada a empresa JS Associates Chartered Accounts como "administrador especial (liquidação)" da empresa "NITL que está agora sujeita a um processo de liquidação".A curta notificação refere que todas os credores têm até 08 de abril para apresentar as suas queixas ao administrador.Em outubro, o governador do Banco Central de Timor-Leste explicou que a decisão de intervir judicialmente na NITL ocorreu perante "irregularidades e ilegalidades" de acionistas e gestores da que foi a primeira seguradora do país.O processo levou à nomeação de um administrador transitório e à apresentação de suspeitas de vários crimes financeiros ao Ministério Público.Em causa, está uma queixa entregue pelo Banco Central de Timor-Leste (BCTL) por suspeitas de fraude e lavagem de dinheiro, em particular "um número de sérias irregularidades procedimentais e financeiras em violação da Lei dos Seguros, incluindo desvio de fundos, cometidas por altos responsáveis" NITL.O caso suscitou trocas de acusações entre acionistas sobre a responsabilidade pela situação, com o principal acionista a acusar o BCTL de violar a lei ao assumir as rédeas da empresa.Abraão de Vasconselos disse que os principais responsáveis da NITL evitaram cooperar com o Banco Central que, em 2018, decidiu suspender a operação da empresa, introduzindo algumas medidas, incluindo o pedido de "uma reestruturação da sua estrutura acionista e encontrar novos membros do Conselho de Administração".Em vez disso, explicou, a empresa limitou-se a submeter documentação idêntica à previamente apresentada, obrigando o BCTL a intervir.Em declarações à Lusa em Díli, Eugene Ong, sócio minoritário da NITL, acusou o sócio maioritário, Collin Yap, de ter desviado fundos para despesas pessoais e dinheiro para projetos noutras empresas.Collin Yap vive atualmente em Singapura e nega qualquer irregularidade, acusando o BCTL de "motivações políticas""O que o BCTL fez foi contra a lei. Nenhum dos diretores foi chamado para entrevistas ou questionado. Nunca me chamaram. E eu ofereci-me, diretamente a responsáveis do BCTL, para ir lá e ser ouvido. E eles nunca quiseram", afirmou Yap.Ong possui 30% da empresa mas nunca fez parte do Conselho de Administração, que é nomeado por Collin Yap (40%) e da empresa que este detém, a First Capital (30%). ASP // SB Lusa/Fim