Na cerimónia de boas-vindas à chama olímpica à sede da ONU, em Genebra, estiveram presentes políticos brasileiros e vários atletas olímpicos, mas os problemas políticos e económicos no Brasil foram evitados.

Nem o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, nem o presidente do COI, Thomas Bach, quiseram abordar diretamente o assunto, embora o primeiro tenha reconhecido ser uma situação difícil e o segundo tenha desejado uma maior união.

O Brasil, a par da crise económica, enfrenta uma cisão política, depois de a câmara dos deputados ter iniciado um processo de destituição da presidente Dilma Rousseff, aprovado por maioria, que seguirá para votação no senado.

"Estou a acompanhar de muito perto o que tem acontecido no país. Espero que tudo isto se resolva o mais brevemente possível e que o processo seja transparente, em conformidade com a constituição", disse Ban Ki-Moon à margem da cerimónia.

Por seu lado, o presidente do COI desejou que os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro sejam uma oportunidade para "unir os brasileiros", salientando que os mesmos vivem uma difícil situação e com profundas divisões.

Na última semana, numa reunião de avaliação dos preparativos, Thomas Bach chegou a dizer que os próximos Jogos realizam-se num contexto "sem precedentes" e num momento em que há muitos atrasos em obras,

A avaliação diagnosticou que apenas os estádios estão prontos e que, de acordo com as previsões mais otimistas, as obras de metro e das linhas de autocarros apenas estarão prontas a poucos dias do início dos Jogos, a 05 de agosto.

O ministro dos Desportos do Brasil, Ricardo Leyser, assinalou, no entanto, que "maiores os desafios, maior o legado" e prometeu que após o maior evento desporto mundial o Rio de Janeiro será "um melhor lugar para viver e visitar".

RPM // NF

Lusa/fim

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