À frente da pasta da Coesão e Reformas, Elisa Ferreira disse não querer "colar-se a nenhum valor específico", enquanto membro da Comissão Europeia, mas defendeu que a contribuição de cada Estado-membro deve ir além do 1% do Produto Interno Bruto (PIB) que está a ser discutido.

"Acho que a proposta que a Comissão tinha feito [1,11%] é uma proposta que já correspondia aos mínimos", declarou, num jantar com jornalistas portugueses em Bruxelas.

"No período financeiro passado, os países contribuíram para o orçamento europeu com 1,16% do seu PIB e neste momento estamos a discutir à volta de 1%", disse, considerando que este valor "é completamente redutor" face aos desafios, sobretudo de ambição ambiental, que a Europa enfrenta.

Questionada sobre a posição de compromisso, de 1,16%, avançada, entre outros, pelo primeiro-ministro de Portugal, António Costa, a comissária portuguesa referiu que "é perfeitamente lógica" numa altura em que a UE enfrenta "desafios novos que têm de ter dinheiro fresco".

Elisa Ferreira defendeu ainda que "a Europa tem de começar a pensar seriamente em reforçar o orçamento com recursos próprios" e aludiu a propostas como a de recorrer ao sistema de compensação das taxas de carbono, "porque de facto a poluição não conhece fronteiras".

"Talvez a taxa sobre os plásticos seja a primeira hipótese a ser avançada, mas claramente este assunto tem de começar a ser debatido para sairmos destes impasses que, de sete em sete anos, nos perturbam completamente", disse.

Perante o importante atraso nas negociações do orçamento, designado Quadro Financeiro Plurianual, a comissária adiantou que "naturalmente tem esperança" de que haja acordo na presidência croata, neste primeiro semestre de 2020, "e se possível até já no próximo mês", na cimeira extraordinária convocada para 20 de fevereiro.

MDR // SR

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