Em comunicado enviado à agência Lusa, a assessoria de comunicação do MEC frisou que o que pode acontecer é uma mudança na forma como esse conteúdo será apresentado.

"Na proposta de Base Nacional Comum Curricular (BNCC), o estudo de obras literárias brasileiras deve ser realizado em conexão direta com a leitura e o estudo de obras clássicas da literatura portuguesa", lê-se no comunicado enviado à Lusa.

A polémica em torno do ensino da literatura portuguesa no Brasil ganhou corpo depois do MEC ter desencadeado um processo de consulta pública para reformular o currículo escolar e adequar o conteúdo ensinado aos alunos ao Plano Nacional da Educação (PNE), aprovado em 2014.

Ainda em curso, a consulta pública já soma mais de 10 mil colaborações.

No que se refere à literatura, o projeto em debate indica que os alunos serão ensinados a ler e apreciar textos literários tradicionais, da cultura popular, afro-brasileira, africana, indígena e de outros povos, sem citar diretamente a literatura e os autores portugueses.

Na sua página na Internet, o MEC explica que a BNCC pretende uniformizar o ensino no país, determinando os conteúdos mínimos a serem vistos em sala de aula para as áreas de linguagem, matemática, ciências da natureza e ciências humanas, em cada etapa escolar dos estudantes.

O novo currículo terá 60% de conteúdos comuns para a educação básica do ensino público e do privado.

Os 40% restantes seriam determinados regionalmente, considerando as escolhas de cada sistema educativo.

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