Com um valor de cerca de 1,88 mil milhões de dólares, o projeto abrange, em concreto, a interligação da rede fibra ótica entre as subestações da EDTL (Eletricidade de Timor-Leste) e os edifícios da administração municipal nos 12 municípios.

Está igualmente incluída a ligação entre os municípios e os centros de dados do gabinete do primeiro-ministro, "o que permitirá ao Governo ter a sua própria rede privada" e assim avançar com o processo de ampliação do Governo Eletrónico.

O contrato foi assinado por Mari Alkatiri e pelo responsável da Timor Telecom, Capitão Amaro, numa cerimónia no Palácio do Governo em Díli.

Quando estiver instalada, a rede doméstica poderá ser conectada ao cabo submarino cuja instalação deverá ocorrer em breve, depois do Governo assinar na segunda-feira uma nota de intenções com duas empresas indonésias que vão investir neste projeto.

O contrato hoje assinado inclui um período de três anos de suporte e manutenção da Timor Telecom, empresa que está disponível para "cooperar na expansão a partir desta rede, para a cobertura de todas as instituições do Estado em todos os Municípios".

Para o chefe do Governo, este é um passo "decisivo para a administração do país".

"Esta rede interna de fibra ótica que irá abrir portas para o Governo eletrónico muito brevemente. Isso significa governo mais eficiente e eficaz e, sobretudo, mais transparente", afirmou Mari Alkatiri.

"É o que se pretende para a administração pública. Isso trará novos desafios em termos de formação de quadros e técnicos. Uma vez mais a Timor Telecom continua o seu trabalho gigantesco", disse ainda.

Capitão Amaro, responsável da Timor Telecom, disse que o acordo marca um "novo passo nos esforços dos timorenses para a construção de uma sociedade aberta com múltiplas ligações ao mundo".

O responsável da TT destacou o facto da elaboração e preparação do projeto ter sido feita por quadros timorenses qualificados da TT, "demonstrando a competência e a qualificação dos seus quadros" nos últimos anos.

Entre outros projetos, a TT levou a internet a escolas em Timor-Leste, desde 2003, e a 90 postos comunitários gratuitos, desde 2006.

A funcionar em Timor-Leste desde 2003 a Timor Telecom é hoje maioritariamente (54,01%) controlada pela sociedade Telecomunicações Públicas de Timor (TPT), onde, por sua vez, a brasileira Oi controla 76% do capital, a que se soma uma participação direta da PT Participações SGPS de 3,05%.

Os restantes acionistas da TPT são a Fundação Harii - Sociedade para o Desenvolvimento de Timor-Leste (ligada à diocese de Baucau), que controla 18%, e a Fundação Oriente (6%).

Na TT, o capital está dividido entre a TPT (54,01%), o Estado timorense (20,59%), a empresa com sede em Macau VDT Operator Holdings (17,86%) e o empresário timorense Júlio Alfaro (4,49%).

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