"Vamos tentar organizar uma missão de proteção marítima liderada por europeus para assegurar a passagem segura de tripulações e mercadorias nesta região crucial", afirmou no parlamento, numa intervenção sobre à captura do petroleiro britânico por forças iranianas.

A medida, a ser executada "o mais cedo possível, será antecedida pelo envio para a região do contratorpedeiro HMS Duncan para render a fragata HMS Montrose.

A missão vai focar-se na "navegação livre, tendo em conta que um quinto do petróleo mundial, um quarto do gás natural em estado líquido e comércio no valor de meio bilião de dólares (445 mil milhões de euros) passam pelo Estreito de Ormuz todos os anos".

Hunt vincou, no entanto, que o Londres não pretende aliar-se aos EUA na pressão para o Irão abandonar o programa nuclear, alegando que Reino Unido continua empenhado no acordo internacional negociado com Teerão.

O ministro britânico voltou as urgir as autoridades iranianas a libertar o navio e tripulação, alegando que, "no âmbito da lei internacional, o Irão não tinha qualquer direito de obstruir a passagem do navio, quando mais entrar a bordo".

"Nesse sentido, foi um ato de pirataria estatal", acusou.

Teerão insistiu hoje que a captura do petroleiro britânico foi feita em conformidade com as leis de segurança marítima do país e que não se trata de "uma medida de represália" à retenção de uma embarcação iraniana.

O porta-voz governamental, Ali Rabii, afirmou durante uma conferência de imprensa que a medida foi tomada "segundo as leis vigentes de navegação no estreito" de Ormuz, onde a Guarda Revolucionária arrestou o "Stena Impero".

Propriedade de um armador sueco, o petroleiro "Stena Impero" foi apresado na sexta-feira pela Guarda Revolucionária, o exército ideológico do Irão.

"É uma medida legal, correta e apropriada da República Islâmica do Irão", sublinhou o porta-voz, que reivindicou a libertação do petroleiro iraniano "Grace 1", que está retido desde 04 de julho em Gibraltar, alegadamente por transportar petróleo para a Síria, um país sob sanções internacionais.

BM (SZR/EL) // EL

Lusa/fim

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