A primeira fase de concessões de estradas, com previsão de cobrança de portagens, envolve os troços Matola-Boane, Marracuene-Lindela (no sul do país), Vandúzi-Changara (centro), Nampula-Nacala e Monapo-Ilha de Moçambique (norte), avançou Carlos Bonete, falando na abertura do Conselho Coordenador do seu ministério, citado hoje no jornal Notícias.

O governante referiu que o Governo está a fazer um grande esforço de construção e reabilitação da rede viária do país e que a sua posterior manutenção envolve gastos avultados.

Bonete apontou como exemplos as obras em curso nos arredores da capital e na região sul do país, comos os troços Boane-Moamba, Maputo-Ponta d'Ouro, Boane-Bela-Vista e a construção da ponte de Catembe, que vai unir os dois lados da baía de Maputo.

Noutros pontos do país, mencionou também as obras nos troços Beira-Machipanda, Alto Benfica-Milange (centro de Moçambique) e Nampula-Lichinga (norte).

Sobre a concessão de vias rodoviárias, Carlos Bonete revelou que o Governo já tinha lançado concursos para alguns troços da Estrada N1, a principal de Moçambique e que atravessa todo o território de norte a sul, mas nenhuma contratação foi realizada.

O setor dos transportes tem estado em destaque nos últimos dias em Moçambique, tendo o Conselho de Ministros aprovado na terça-feira um decreto sobre o registo especial de navios para o transporte de cabotagem, visando a revitalização da navegação marítima no país.

"Estão criadas as condições para a revitalização dos serviços de cabotagem marítima no território moçambicano", afirmou o ministro dos Transportes e Comunicações, Carlos Mesquita, em declarações à imprensa, no final da sessão do Conselho de Ministros.

Dados oficiais indicam que 90% da carga pesada em Moçambique é transportada por estrada, o que contribui para a rápida destruição das vias de acesso.

HB (PMA) // EL

Lusa/Fim