O bispo de Bissau falava na sessão de abertura do XIV Encontro dos Bispos dos Países Lusófonos, que vai analisar entre hoje e terça-feira o "Diálogo Inter-religioso na construção da paz e do desenvolvimento dos países lusófonos".

"É um tema pertinente, de grande atualidade, tendo em conta as ameaças do radicalismo religioso que se verificam em várias regiões do mundo, incluindo a África Ocidental", afirmou.

Para o bispo de Bissau, é "evidente para todos que a Guiné-Bissau ainda é um oásis, em que os sinais de ecumenismo e de diálogo inter-religioso mantêm-se vivos e atuantes".

"Crentes de diferentes religiões trabalham de mãos dadas para sarar feridas de um passado de divisão e conflitos e traçar novos percursos de diálogo, de conhecimento mútuo, de busca da verdade, de criação de condições para um verdadeiro processo de reconciliação nacional que abra caminho para uma paz duradoura", afirmou Câmnate Na Bissign.

No encontro em que vão participar bispos de Angola, Brasil, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe e Portugal, que inclui na sua comitiva o cardeal patriarca, Manuel Clemente.

Ausentes vão estar os bispos de Moçambique, Cabo Verde e Timor-Leste por "razões alheias à vontade dos mesmos", explicou o bispo de Bissau.

O programa do encontro prossegue hoje ao final do dia com uma conferência pública, dedicada ao diálogo inter-religioso, que vai contar com a presença de representantes da comunidade muçulmana e da igreja evangélica e da embaixadora da União Europeia em Bissau, Sónia Neto.

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