Segundo o procurador, trata-se de uma pessoa próxima que "compartilhou a sua vida" com Radouane Ladkim, de 26 anos, que era seguido pelos serviços secretos e que foi hoje morto a tiro pela polícia.

"Ela foi levada sob custódia por associação criminosa ligada a uma célula terrorista criminosa", acrescentou.

O ataque foi reivindicado pelo autoproclamado grupo radical Estado Islâmico.

Um cidadão de nacionalidade portuguesa está entre os mortos no ataque terrorista de hoje no sul de França, disse à Lusa o secretário de Estado das Comunidades, José Luís Carneiro.

Lamentando o atentado, que provocou quatro mortos, entre os quais o atacante, e 16 feridos - segundo o balanço provisório oficial das autoridades francesas -, José Luís Carneiro referiu que ainda não tem ainda a identificação do cidadão de nacionalidade portuguesa.

"Confirma-se a morte de um português. Foi confirmado pelas autoridades francesas aos nossos serviços consulares", disse à agência Lusa José Luís Carneiro, afirmando que não existem ainda "dados de identificação" do cidadão português, entre os três mortos, sem contar com o atacante, que o Presidente francês, Emamnuel Macron, confirmou hoje.

José Luís Carneiro afirmou que não se sabe ainda se o português agora confirmado como uma das vítimas mortais do atentado era o motorista ou outro ocupante da viatura que o atacante roubou em Carcassonne.

O secretário de Estado, que lamentou os "trágicos acontecimentos contra os valores fundamentais da Europa e de Portugal", afirmou que a situação continuará a ser acompanhada.

"Continuaremos a acompanhar a circunstância, mostrando toda a disponibilidade dos nossos serviços consulares em Toulouse, em articulação com a nossa embaixada em Paris, para todo o apoio que venha a ser necessário e para garantir as diligências junto das autoridades francesas, tendo em vista garantir os procedimentos indispensáveis no apoio à família, quer para garantir a sepultura ou eventualmente a transladação", referiu.

O Presidente francês, Emmanuel Macron, adiantou hoje que "o ataque terrorista islâmico" desta manhã no sul de França fez três mortos, sem contar com o atacante, e "16 feridos", dos quais dois em "estado grave".

"Um homem matou três pessoas e feriu 16 outras, das quais pelo menos duas estão em estado grave", declarou o Presidente francês numa declaração à imprensa na sequência de um "ponto de situação" no Ministério do Interior em Paris.

Um dos 'gendarmes' tomado como refém pelo autor do ataque [foi o próprio que pediu para substituir um outro refém] "está a lutar contra a morte", adiantou Macron.

Duas pessoas foram feitas reféns no supermercado Super U de Trèbes e foram alvejadas mortalmente pelo atacante.

Redouane Lakdim, 26 anos, sequestrou trabalhadores e clientes num supermercado de Trèbes, afirmando agir em nome do grupo extremista Estado Islâmico.

Antes, o atacante roubou um automóvel em Carcassonne e, no caminho para Trèbes, disparou seis tiros contra um grupo de quatro polícias, ferindo um deles, sem gravidade, segundo fontes próximas da investigação.

AJO (JOP/NVI/CAYB/MDR) // ARA

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