A nota não indica a agenda da próxima sessão do CC, mas o encontro será o primeiro desde a vitória da Frelimo e do seu candidato presidencial, Filipe Nyusi, nas eleições gerais de 15 de outubro do ano passado.

O CC é o órgão máximo de decisão do partido no poder em Moçambique, imediatamente abaixo dos congressos.

A reunião vai acontecer num momento em que se agrava a violência armada na região norte de Moçambique e em que também não cessam os ataques armados em alguns troços de estrada no centro.

Os ataques no centro são atribuídos pelas autoridades moçambicanas à Junta Militar da Renamo (Resistência Nacional Moçambicana), um grupo dissidente da guerrilha do principal partido da oposição.

No norte de Moçambique, mais concretamente na província de Cabo Delgado, os ataques de grupos armados já provocaram pelo menos 350 mortos e 156.400 pessoas afetadas com perda de bens ou obrigadas a abandonar casa e terras em busca de locais seguros.

Na província de Cabo Delgado, estão a avançar as obras dos megaprojetos que daqui a quatro anos vão colocar Moçambique no ?top 10' dos produtores mundiais de gás natural e que onde há algumas empresas e trabalhadores portugueses entre as dezenas de empreiteiros contratados pelos consórcios de petrolíferas.

Na região Centro, mais de 20 pessoas perderam a vida desde agosto do ano passado, devido a ataques armados a alvos civis e das forças de defesa e segurança, que as autoridades atribuem à Junta Militar da Renamo.

PMA // JH

Lusa/Fim