"Este Governo tem quatro anos, o nosso programa é para quatro anos e neste momento este país é um oásis de paz. Estamos a lutar no sentido da estabilidade política, deixámos o governo anterior, deixámos o ADI governar quatro anos para consolidar a democracia e, sobretudo, para começar a criar espaços para o desenvolvimento. Portanto, este Governo também vai ter quatro anos", garantiu o primeiro-ministro.

Jorge Bom Jesus respondia, assim, ao líder da bancada do partido Ação Democrática Independente (ADI) que na quarta-feira pediu ao primeiro-ministro para se demitir.

Nesse dia, em conferência de imprensa, Abnildo de Oliveira disse que o primeiro-ministro deveria demitir-se ou assumir as suas responsabilidades de chefe do executivo e de líder do partido do Governo.

"Volvidos dois meses e meio de governação, o povo assiste a um descalabro" e "o país a caminhar para um cenário de difícil situação", declarou o líder da bancada do ADI.

Abnildo de Oliveira acusou o Governo de "violação grosseira da Constituição e das leis, despedimento em massa, pondo em causa pais de família, fragmentação da sociedade, partidarização excessiva da administração pública", apontando como saída para o chefe do executivo "demitir-se para não se sujar muito mais".

Hoje, o primeiro-ministro retorquiu: "Não tenho a menor dúvida, acho que há muita esperança depositada em mim e eu não quero defraudar, não posso defraudar, estou condenado a vencer e a trazer solução para este país. Em democracia cada um interpreta e fala conforme o seu ponto de vista".

O primeiro-ministro falava a jornalistas na cidade de Angolares, capital do distrito de Caué, 43 quilómetros a sul da capital, onde se deslocou para auscultar a população no âmbito da preparação do Orçamento Geral do Estado de 2019.

"A maior geografia de pobreza está aqui [Caué] e é preciso corrigir isso rapidamente", constatou o governante, garantindo que vai "tomar atitudes corajosas" e "fazer discriminação positiva" em relação a este distrito.

Em conversa com a população, Jorge Bom Jesus adiantou querer "levantar a autoestima do são-tomense", parar com o "deixar andar", de "estender de mãos" e com "o estado de pedinte" que o país atingiu.

"Os são-tomenses têm um país belíssimo, abençoado, com muitas potencialidades e tem de ter consciência do valor que tem para não se tornarem miseráveis ainda mais", referiu.

MYB // SR

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