"Se é um país que tem tantas potencialidades porquê tanta pobreza, por que razão temos tantos homens e mulheres no desemprego, a procura de pão para pôr na mesa para seus filhos, porque temos crianças e jovens sem esperança no futuro", questionou a candidata, a única dos cinco concorrentes que hoje, primeiro dia de campanha eleitoral fez um comício.

"Tudo isso porque não há entendimento no nosso país, e isso está a obstaculizar o nosso desenvolvimento. Há falta de entendimento entre os órgãos de soberania e isso não pode continuar assim", acrescentou Maria das Neves, que promete uma "relação harmoniosa" com o Governo se vencer as presidenciais.

Maria das Neves falava na localidade de Oque-del-Rei, que três quilómetros da capital do país.

"Programamos apenas uma concentração com os nossos apoiantes, seguida de uma passeata. Mas acabamos por fazer este pequeno comício", explicou.

Com uma campanha cujo lema é "Juntos pela estabilidade e reconciliação nacional", a candidata acredita que esse lema pode ajudar conquistar "a confiança dos são-tomenses, relançar a economia e garantir o bem-estar da população".

"Entrei nessa luta porque acredito que é possível acabar com a pobreza no país e porque acredito que os são-tomenses podem encontrar dias melhores", disse.

As campanhas para as eleições presidenciais arrancaram hoje em São Tomé e Príncipe praticamente sem cartazes, pendões ou 'outdoors' nas ruas da capital.

Em toda a cidade de São Tomé, só se vêem três 'outdoors' com a fotografia de Evaristo de Carvalho, candidato da Ação Democrática Independente (ADI), partido no poder em São Tomé e Príncipe e um de Maria das Neves.

Maria das Neves tem mais dois 'outdoors' colocados, um perto do aeroporto internacional de São Tomé e outro em Bobo forro, três quilómetros fora da capital.

Evaristo de Carvalho arrancou a sua campanha com um passeio no distrito de Cantagalo, tendo percorrido oito localidades da sua terra natal.

Fonte da candidatura do atual chefe de Estado e recandidato ao cargo, Manuel Pinto da Costa, disse à Lusa que "houve um ligeiro atraso na chegada ao país dos materiais de campanha".

"Mas a campanha está a começar agora e nós praticamente ainda não começamos", concluiu.

MYB // EL

Lusa/fim