A ajuda foi anunciada pelo encarregado de negócios da Delegação da UE em Moçambique, Stergios Varvaroussis, falando no lançamento em Maputo do Plano Estratégico do Gabinete Central de Combate à Corrupção (GCCC) de Moçambique para o período 2018-2022.

Stergios Varvaroussis disse que a verba será usada no setor da justiça, envolvendo as associações profissionais, sistema da justiça, sociedade civil e a comunicação social.

"O programa prevê intervir nas escolas, reforçando o mecanismo de prevenção, os chamados ´grupos anticorrupção`, que o Gabinete Central de Combate à Corrupção está a implementar com o Ministério de Educação", acrescentou o encarregado de negócios da Delegação da UE em Moçambique.

Stergios Varvaroussis defendeu a integração da educação cívica sobre o fenómeno no currículo escolar.

"A mudança das atitudes dos jovens, o futuro do país, é essencial para combater a corrupção", assinalou.

Reconhecendo avanços no trabalho do Ministério Público moçambicano, Varvarousis considerou crucial o envolvimento das instituições do Estado no combate ao mal.

A luta contra a corrupção exige um sistema judiciário íntegro, eficiente, previsível e responsável, mas também precisa duma legislação adequada, adaptada ao contexto nacional e internacional, declarou o encarregado de negócios da Delegação da UE em Maputo.

Stergios Varvaroussis defendeu que a luta contra a corrupção exige um apoio orçamental que reflita a sua importância.

Nesse sentido, as ações de combate à corrupção devem receber um financiamento superior ao atual, avaliado em 1% do Orçamento do Estado.

Citando o relatório da Procuradoria-Geral da República de 2016, o responsável da UE afirmou que a corrupção lesou o Estado moçambicano em cerca de 459 milhões de meticais (6,1 milhões de euros), dos quais apenas 8% foram recuperados.

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