O Presidente Hassan Rohani inaugurou uma linha de 164 máquinas IR-6 e outra de 30 IR-5, instaladas no complexo nuclear de Natanz (centro do Irão), durante uma cerimónia em videoconferência transmitida pela televisão do Estado.

A televisão do Estado não difundiu a imagem destes equipamentos, mas engenheiros de bata branca a trabalharem em dupla, afirmaram, após receberem ordem de Rohani, que haviam começado a alimentar as máquinas com urânio gasoso.

Estes anúncios acontecem quando decorrem discussões em Viena entre a República Islâmica e outros estados participantes no acordo de 2015 (Alemanha, China, França, Grâ-Bretanha e Rússia) sobre como reintegrar os Estados Unidos no pacto concluído na capital austríaca.

Este acordo está moribundo desde que os Estados Unidos decidiram sair unilateralmente, em 2018, desencadeando uma série de sanções económicas e financeiras contra o Irão.

Em resposta, Teerão começou a equipar-se com estes engenhos desde maio de 2019 e o ritmo acelerou-se nos últimos meses.

Os novos equipamentos IR-5 e IR-6 permitem enriquecer urânio mais rápido e em quantidade mais abundante do que os "de primeira geração" IR-1, os únicos que o acordo de Viena autorizou o Irão a utilizar.

Rohani repetiu durante a cerimónia organizada no âmbito da Jornada Nacional da Tecnologia Nuclear que o programa nuclear do país é puramente "pacífico".

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