A África do Sul deportou 1.210 moçambicanos e Essuatíni 16, quando no mesmo período de 2020 "apenas um cidadão moçambicano tinha sido deportado pelas autoridades sul-africanas", explicou hoje o Senami, em comunicado.

Segundo o documento, a imigração clandestina foi a maior causa de deportação, tendo sido registados 936 casos, e os restantes 290 foram por permanência ilegal.

O comandante-geral da Polícia da República de Moçambique (PRM) anunciou na quarta-feira a suspensão de 63 agentes da corporação acusados de envolvimento na facilitação de imigração ilegal em Namaacha, posto que faz fronteira com a África do Sul.

"Há indícios de os colegas se terem envolvido em esquemas de facilitação de travessias ilegais e isso levou-nos à suspensão de todo o efetivo da companhia de Macuácua [zona por onde se faziam as travessias]", estando também a ser processados disciplinarmente, disse, na altura, Bernardino Rafael.

O Senami anunciou ainda que na mesma semana mais de 16 mil viajantes atravessaram as fronteiras moçambicanas, contra 95.321 de igual período do ano anterior, o que representa uma redução de 83%.

As autoridades sul-africanas decidiram encerrar parcialmente as fronteiras com os países vizinhos, de 12 de janeiro a 15 de fevereiro, devido ao recrudescimento da pandemia de covid-19 na África Austral.

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