O responsável falava à Lusa enquanto representante da Mesquita Central de Lisboa, espaço que acolheu 170 pessoas retiradas desse hostel.

De acordo com Abdool Magid Vakil, os resultados já conhecidos revelaram que há 138 casos positivos e 35 negativos entre os hóspedes do hostel.

Numa nota enviada à agência Lusa, o presidente da Comunidade Islâmica de Lisboa relembrou ainda que já se encontravam na Mesquita 11 pessoas em isolamento, além das 170 que agora entraram.

A agência Lusa tentou, sem sucesso, contactar por várias vezes a Câmara Municipal de Lisboa para obter informações sobre as pessoas que estavam naquele hostel.

Também contactada pela Lusa, a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARS) remeteu uma resposta para a Direção-Geral da Saúde.

Hoje, na conferência de imprensa diária de atualização dos dados da pandemia de covid-19, a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, disse que, na "primeira bateria de testes" feita a 116 residentes num hostel em Lisboa, 100 deram positivo.

"Na primeira bateria de testes, 116 testes feitos a residentes, 100 deram positivo o que é um enorme número de pessoas, o que reflete mais uma vez aquilo que nós tínhamos dito que é a concentração de pessoas dentro de um espaço. É isso que define o contágio", salientou.

Segundo Graça Freitas, desde que foi detetado um caso positivo de um residente no hostel da Rua Morais Soares, iniciou-se um plano de testes.

"Este hostel tinha um total de cerca de 185 pessoas residentes e alguns profissionais e, portanto, foram sendo feitos testes a toda esta população" e "muito deles deram positivo", adiantou.

A diretora-geral da Saúde enalteceu o movimento para realojar estas pessoas, incluindo o contributo da Mesquita de Lisboa ao disponibilizar instalações para acolher estas pessoas.

Defendeu ainda que, depois das ações de desinfeção e descontaminação no local, tem que ser "muito bem ponderado como é que vão ser realocadas estas pessoas".

O hostel, que albergava perto de 200 pessoas em 40 quartos, foi evacuado no domingo devido a um caso positivo de covid-19.

Aos jornalistas presentes no local nesse dia, o vereador da Proteção Civil Municipal de Lisboa, Carlos Castro, disse que a autarquia e as diversas entidades envolvidas iriam garantir as refeições às pessoas que estavam a ser acompanhadas na Mesquita de Lisboa por equipas de saúde e bombeiros, além de tradutores.

Segundo o responsável municipal, a operação de retirada dos hóspedes envolveu diversas entidades do ramo de saúde e de apoio aos imigrantes e refugiados, como o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, o Alto Comissariado para as Migrações e o Conselho Português para os Refugiados.

Os hóspedes foram levados para a Mesquita de Lisboa, local de culto que se encontra encerrado, onde à chegada foram testados para a covid-19 e onde ficaram a aguardar os resultados.

JML (HN/RCP) // MCL

Lusa/Fim

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