O HGM recebeu, até agora, 156 camas, para reforçar a sua capacidade, que deverão ter oxigénio acoplado visto que "os doentes precisam de oxigénio de alto fluxo", disse hoje o diretor nacional de Assistência Médica de Moçambique, Ussene Isse.

"O Hospital Geral de Mavalane vai ser um tampão ou protetor para caso de o nosso centro de isolamento da Polana Caniço chegar ao limite. E vai chegar, obviamente, se não mudarmos a nossa forma de ser e de estar", acrescentou.

As autoridades de Saúde em Moçambique temem alcançar o estado de "medicina de catástrofe", pelo que apelam, mais uma vez, para o cumprimento das medidas de prevenção da covid-19.

"Devo dizer que ainda não chegámos à medicina de catástrofe, mas esse é o nosso medo. Não queremos ter de escolher quem vive, quem não", alertou.

As autoridades de saúde destacam o "crescimento acentuado" do número de internamentos na última semana, com um cumulativo de 197, valor que supera o máximo de internamentos mensais de 2020, alertando para o esgotamento da capacidade de hospitais públicos e privados.

Desde o anúncio do primeiro caso de infeção pelo novo coronavírus, em 22 de março, Moçambique registou 253 óbitos e ???????um cumulativo 28.270, casos dos quais 67% considerados recuperados.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.041.289 mortos resultantes de mais de 95,4 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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