"O número de tanques em bases [militares russas] situadas ao longo da nossa fronteira triplicou", declarou Poroshenko a três estações televisivas ucranianas.

"O número de unidades militares colocadas ao longo da nossa fronteira aumentou drasticamente", acrescentou, sem precisar quando é que isso aconteceu.

O chefe de Estado ucraniano apontou igualmente um forte aumento do número de barcos militares russos no mar de Azov e de uma presença militar russa reforçada na Crimeia, península ucraniana anexada por Moscovo há quatro anos, citando dados dos serviços secretos da Ucrânia.

Na Crimeia, desde 2014, "o número de soldados triplicou, o de blindados quintuplicou e o da artilharia quase decuplicou", indicou ainda.

"Não quero que alguém pense que se trata de brincadeiras de criança. A Ucrânia enfrenta a ameaça de uma guerra total com a Federação Russa", afirmou.

Poroshenko relatou ter tentado telefonar ao seu homólogo russo, Vladimir Putin, após o apresamento pela Rússia, no domingo à noite, de três embarcações militares ucranianas no mar Negro, ao largo da Crimeia, mas não obteve resposta.

"Na mesma noite, pedi uma reunião com o Presidente russo, Putin. Não recebemos resposta. E vi-me obrigado [a pedir à chanceler alemã, Angela Merkel,] para discutir com Putin" este incidente, disse o chefe de Estado ucraniano.

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, citado por agências russas, limitou-se a declarar que "nenhum contacto telefónico ocorreu entre os presidentes".

A Ucrânia e a Rússia estão desde domingo envolvidas no seu pior braço-de-ferro desde há vários anos, na sequência do apresamento pelos russos de três barcos militares ucranianos com 24 marinheiros a bordo.

Este incidente armado alarmou a Ucrânia, que instaurou a lei marcial nas suas regiões fronteiriças durante um mês, e os seus aliados ocidentais.

ANC // SR

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