Jerónimo de Sousa, desvalorizou "o maior ou menor otimismo" do primeiro-ministro ou do Presidente da República, classificando o Governo socialista de ser "quase mais papista que o papa" no que toca ao défice, em que "cada décima são menos 200 milhões de euros" nos serviços públicos, num comício autárquico da Coligação Democrática Unitária (CDU), que junta comunistas, "Os Verdes", Intervenção Democrática e independentes, em Queluz, Sintra.

"No processo de elaboração e debate do próximo OE, lá estaremos, mas também com a nossa iniciativa legislativa no quadro das nossas atribuições na Assembleia da República, prontos a prosseguir a nossa luta para resolver os problemas do país e continuar a garantir com a nossa iniciativa e proposta o prosseguimento do caminho da reposição de rendimentos e direitos, e da elevação das condições de vida do povo", afirmou.

O líder comunista prometeu "propostas de política fiscal, de eliminação de cortes e restrições de direitos", mas também "valorização plena das pensões de reforma, investimento público e reforço de meios financeiros humanos e técnicos necessários ao bom funcionamento dos serviços públicos e aumento da qualidade da resposta à efetivação dos direitos à saúde, à educação e à cultura dos portugueses".

"O PCP não transigirá perante a política de direita, tal como não contribuirá para instalar ambientes de apatia e conformismo que limitem o papel insubstituível da luta dos trabalhadores e do povo", vincou, numa semana em que se realizou uma primeira reunião formal e exploratória com vista ao OE2018, quarta-feira, entre responsáveis do PCP e António Costa, na residência oficial do chefe do Governo socialista, em São Bento.

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