"Temos pessoas que vieram para aqui provocar confusão, caos e desordem, o que causou três mortes", disse Maurice Jones, o presidente da Câmara de Charlottesville, numa conferência de imprensa.

Uma pessoa morreu quando um carro atingiu um grupo de pessoas que, segundo testemunhas, se manifestavam contra o encontro de extrema direita.

A vítima, uma mulher de 32 anos, atravessava a rua quando o veículo chocou contra a multidão, disse o chefe da polícia de Charlottesville, Al Thomas. Algumas dezenas de pessoas (os números são contraditórios e oscilam entre duas dezenas e 35) ficaram feridas.

Os outros dois mortos foram o piloto e o passageiro de um helicóptero que se despenhou nos arredores de Charlottesville, disse o governador do estado, Terry McAuliffe.

A polícia ligou o acidente com o helicóptero com a manifestação de extrema direita, embora ainda não tenha fornecido mais detalhes.

A marcha, caracterizada por confrontos, foi convocada para protestar contra a decisão de remover do parque da cidade a estátua do general Robert E. Lee, que comandou o exército de Virgínia do Norte durante a guerra civil americana e foi um opositor do direito de voto dos antigos escravos.

O governador da Virginia declarou o estado de emergência em resposta a este protesto e, através da sua conta na rede social Twitter, disse que tomou tal decisão para "ajudar o Estado a responder à violência" na marcha de Charlottesville, a cerca de 160 quilómetros de Washington.

Já na sexta-feira à noite tinha havido confrontos quando centenas de brancos nacionalistas marcharam no 'campus' da Universidade da Virginia com tochas.

FP (SCA) // MLS

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